sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Hemodialise

Quando a função renal se torna debilitada, o organismo necessita de um outro processo que consiga suprimir as necessidades de filtração e limpeza do sangue, removendo toxinas, sais e outros minerais e produtos do metabolismo celular, além do excesso de água do organismo.

Quando os rins começam a funcionar de forma deficiente, estas substâncias ficam retidas em excesso no organismo, podendo provocar edema (refere-se a uma acumulação anormal de líquido no espaço intersticial), hipertensão arterial e até mesmo insuficiência cardíaca.

A diálise funciona como um substituto dos rins: filtra o sangue, elimina as substâncias tóxicas que os rins não conseguem eliminar e retira o excesso de água do organismo. As principais causas que conduzem à indicação da terapêutica dialítica são: insuficiência renal (devido a, por exemplo, a má formação do aparelho urinário, infecções urinárias), certos tipos de nefroses e nefrites; diabetes e hipertensão arterial Existem dois tipos de diálise:

  • Diálise Peritoneal:

A diálise peritoneal é um tratamento que substitui as funções dos rins. O objectivo é retirar o excesso de água e as substâncias que não são mais aproveitadas pelo corpo e que deveriam ser eliminadas através da urina. Este tipo de diálise aproveita o revestimento interior do abdómen, chamado membrana peritoneal, para filtrar o sangue.

  • Hemodiálise :

A hemodiálise é o processo de filtragem e limpeza de substâncias indesejáveis do sangue como a creatinina e a ureia. A hemodiálise é realizada em pacientes portadores de insuficiência renal crónica ou aguda, já que nesses casos o organismo não consegue eliminar tais substâncias devido a alguma deficiência do sistema excretor renal.

A hemodiálise é feita com a ajuda de um dialisador (capilar ou filtro). O dialisador é formado por um conjunto de pequenos tubos. Neste processo, através de uma agulha especial instalada numa veia previamente preparada, o sangue do paciente é encaminhado (por um cateter) para uma máquina de hemodiálise. Durante a diálise, parte do sangue é retirado, passa através da linha arterial do dialisador, onde o sangue é filtrado e retorna ao paciente pela linha venosa.

Efeitos colaterais da hemodiálise: É bastante comum sentir cãibras musculares e queda rápida da pressão arterial (hipotensão) durante a sessão de hemodiálise. Estes problemas acontecem, principalmente, em consequência das mudanças rápidas no equilíbrio dos líquidos e do sódio. A hipotensão pode fazer com que você sinta fraqueza tontura, enjoos ou mesmo vómitos. O início do tratamento dialítico pode ser um pouco mais difícil pois, nesta fase, o corpo está adaptando-se a uma nova forma de tratamento. Você poderá evitar muitas complicações se seguir a dieta recomendada, tomar poucos líquidos e tomar seus remédios nos horários correctos.

Uma sessão convencional de hemodiálise tem, em média, duração de 4 horas e frequência de 3 vezes por semana. Entretanto, de acordo com as necessidades de cada paciente, a sessão de hemodiálise pode durar 3 horas e meia ou até mesmo 5 horas, e a frequência pode variar de 2 vezes por semana até hemodiálise diária para casos selectos.

Processo de transferência de massas:

  1. Difusão: solutos uremicos e potássio difundem-se do sangue para a solução de diálise, obedecendo a um gradiente de concentração.
  2. Ultrafiltração: uma pressão hidrostática maior no compartimento do sangue e menor no compartimento do dialisato (solução de diálise) favorece a passagem de líquido do sangue para o dialisador, permitindo a retirada de volume do paciente.
  3. Convecção: a diferença de pressão entre o compartimento do sangue e do dialisato favorece a saída de líquidos do sangue, arrastando consigo solutos de baixo peso molecular. Esse arrastamento de solutos é conhecido por convecção.
  4. Adsorção: é a impregnação de substâncias nas paredes da membrana semi-permeável.

sábado, 17 de novembro de 2007

Leveduras : Amigas & Inimigas

As leveduras, tal como os bolores, são fungos, porém são diferentes destes por apresentam-se, geralmente, sob forma unicelular. Como células simples, as leveduras crescem e reproduzem-se mais rapidamente do que os bolores. São mais eficientes na realização de alterações químicas, por causa da sua maior relação área/volume. As leveduras também se distinguem das algas, pois não efectuam a fotossíntese, e igualmente não são protozoários porque possuem uma parede celular rígida. São facilmente diferenciadas das bactérias devido às suas dimensões superiores e das suas propriedades morfológicas. De acordo com o que foi dito, as leveduras não constituem um grupo definidos de microorganismos, embora haja uma certa uniformidade morfológica, porém, não são diferenciados em relação as suas características morfológicas mas sim de acordo com as suas características fisiológicas. Existem, aproximadamente, 350 espécies diferentes de leveduras!

Amigas ou Inimigas?

As propriedades das leveduras levaram ao seu uso no campo da biotecnologia. A fermentação de açúcares pelas leveduras e a maior e mais antiga aplicação desta tecnologia. Muitos tipos de leveduras são usados para fazer comida, nomeadamente no campo de produção de pão, da fermentação da cerveja, da fermentação do vinho e ainda na produção de xilitol (é um adoçante natural que é tão doce como a sacarose mas com 40% menos de calorias). As leveduras são uns dos mais usados organismos-modelo na genética e na biologia celular (devido a propriedades como por exemplo, a rapidez de reprodução). Aplicações:

  • Bebidas Alcoólicas:
  1. Cerveja
  2. Cerveja de Cevada (tipo de cerveja comum nos Estados Unidos doce e sem álcool)
  3. Soda
  4. Destilação de bebidas
  5. Vinho

Bebidas alcoólicas são normalmente definidas como bebidas que contêm etanol (CH3CH2OH). Este etanol é, na maioria das vezes, produzido pelo processo de fermentação (metabolismo de hidratos de carbono por determinada espécie de leveduras). Bebidas como o vinho, cerveja ou bebidas destiladas usam leveduras em alguma altura no seu processo de formação.

  • Pastelaria

Leveduras são usadas em pastelaria como agentes levedantes, onde se converte acuçares fermentáveis presentes na massa em dióxido de carbono o que causa a expansão da massa devido à formação de bolhas de gás de dióxido de carbono. Quando a massa fica cozida assenta e as bolsas de ar ficam, dão ao produto cozinhado uma textura mole e esponjosa. O uso de batatas, água da cozedura de batatas, ovos ou açúcar aceleram o crescimento das leveduras. Sal e gorduras, como a manteiga por exemplo, abrandam o processo de crescimentos destas. A maioria das leveduras usadas no fabrico de produtos pasteleiros são da mesma espécie que as que são usadas na fermentação alcoólica.

  • Biorremediação
  • Produção Industrial de Etanol
  • Suplemento Nutricional
  • Probióticos
  • Ciência

Apesar das leveduras serem bastante úteis no dia-a-dia elas também possuem os seus contras. Existem alguns tipos de leveduras que são patogénicas (seres capazes de produzir doenças infecciosas aos seres hospedeiros), que causam doenças em organismos cujo sistema imunitário se encontra enfraquecido e que causam infecções a diversos níveis do corpo. Porém existem também leveduras que não são patogénicas mas que mesmo assim se encontram associadas a doenças, por exemplo, a doença de Cronh. Como as leveduras pertencem ao grupo dos fungos convém não nos esquecermos que degradam nutrientes, ou seja, são capazes de “estragar” a comida. Isto acontece pois, durante o seu processo de crescimento alguns componentes da comida são metabolizados e produzem-se produtos finais deste processo de crescimento que causam alterações física, química e das propriedades da comida, estragando-a.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

pH

  • Definição:

pH é o símbolo para a grandeza físico-química “potencial hidrogeniónico”. Essa grandeza (potencial hidrogeniónico) é um índice que indica o grau de acidez, neutralidade ou basicidade de uma substância líquida.

  • Calcular o pH:

O ph pode ser calculado de duas formas: Por via analitica, nomeadamente, pela formula pH=-log[H+] Para usar esta formula é necessário tomar conhecimento da concentraçao dos iões H+ . Para tal e necessário sabermos quais são os os reagentes e a natureza dos mesmos para se saber por exemplo se a reacção e ácida ou básica (neste caso ja seria necessário calcular o Kb pela formula Kw=Ka x Kb) ao ser determinada a concentração de iões OH- pode-se calcular o pOH da solução e após determinado o pKw a essa temperatura calculamos o pH e repete-se o processo realizado inicialmente.

  • Por via experimental :

A via experimental pode ainda dividir em diversos sub-grupo, nomeandamente:

  1. Método colorímetro:

Neo-Comparador Discos indicadores de pH; pipeta graduada solução indicadora O método colorimétrico baseia-se na reação de um indicador, o qual em contacto com a amostra possui uma coloração característica em certa faixa de pH. O indicador possui um disco com a variação de cor e o valor do pH correspondente à sua faixa de actuação. A visualização do pH através da cor é obtida com o Neo- Comparador utilizando o Disco Colorimétrico para a comparação.

  • Método potenciométrico

Medidor de pH (mais todos os equipamentos inerentes a este medidor, como por exemplo, agua destilada, etc.) Dos dois métodos acima descritos o método potenciométrico é o mais preciso e será esse o que irá ser falado ao longo deste artigo.

  • Medidor de pH:

Exige equipamento mais caro do que o de utilização de soluções indicadores, porém é de maior precisão, por eliminar interferências de cor, subjectividade do observador e é ainda independente da estabilidade das soluções indicadoras. Esse método necessita de menos trabalho e facilita a rotina de laboratório. Para essa determinação, utiliza-se um aparelho eletrónico denominado medidor de pH, capaz de ampliar a diferença de potencial gerada pelos eléctrodos e impressionar um voltímetro que terá sua escala em unidades de pH.

  1. Medidores electrónicos (pHmetros)

Hoje em dia já existem vários aparelhos que permitem determinar o pH de uma determina solução, os chamados medidores electrónicos de pH ou pHmetros, que sao bastantes úteis e facilitam em muito o processo. O funcionamento básico de um pH consiste basicamente em um eléctrodo junto a um medidor de pH (minivoltímetro) com uma escala que converte a tensão em valores de pH. A medição potenciométrica do pH requer um eléctrodo indicador e um eléctrodo de referência, cada eléctrodo constituindo uma meia-célula. A meia-célula que corresponde ao eléctrodo de referência gera uma voltagem constante e que não depende do pH. A meia-célula correspondendo ao eléctrodo indicador é constituída por um eléctrodo de vidro. A membrana deste eléctrodo, que tem geralmente a forma de um bolbo de composição rigorosamente controlada. O vidro que constitui o bolbo apresenta uma propriedade singular que o distingue dos vidros comuns: o contacto com uma solução aquosa provoca uma modificação superficial da estrutura. Resumidamente, tudo se passa como se a água da solução transformasse a camada externa do vidro, inicialmente dura e compactada, numa película hidratada do tipo gel. Essa camada gelatinosa extremamente fina permite a penetração dos iões H+ e, consequentemente, o aparecimento de uma voltagem (que irá ser medida pelo minivoltímetro), que é função linear do pH.